Essas são algumas das espécies mais conhecidas, são indicadas para montar seu primeiro aquário.

O Beta (Combatente Siamês)

peixe betaNome científico: Betta splendens

Família: Osphronemidae

Origem: Sudeste Asiático (Tailandia, Vietnã e Malásia).

Características: O Beta deve ser criado sozinho, pois, é muito territorialista e disputará seu território com outro peixe até a morte. Suas cores variam entre os tons, verde, azul, violeta e vermelho. Somente o macho dessa espécie tem nadadeiras suntuosas, as fêmeas são menores e têm as nadadeiras mais discretas. É um peixe resistente e não precisa de muitos cuidados. Adultos chegam a medir 10 cm. Em cativeiro vivem dois anos em média.

Curiosidades: Uma peculiaridade dessa espécie é que por viverem naturalmente em arrozais, regatos e lagos de água pouco oxigenada desenvolveram um órgão auxiliar chamado labirinto, que permite que o Beta respire pela superfície da água. Em sua forma original o Beta é bem diferente, tem um tom de beje e marrom e nadadeiras curtas. Sua aparência foi alterada através de seleções artificiais para que se chegassem ao Beta que conhecemos. Seu temperamento também foi alterado, para que se tornasse mais agressivo para usá-lo em disputas, daí o apelido de peixes de briga.

Reprodução: Ovíparos. No período de reprodução o Beta fabrica bolhinhas com muco bucal que ficam na superfície do aquário, essas bolhas servirão como ninho para os ovos. É função do macho cuidar dos ovos e dos filhotes (alevinos). Enquanto toma conta dos alevinos os machos fazem jejum.

Alimentação: Ração em flocos ou bolinhas, alimentos vivos (Enquitréias, larvas e vermes) devem ser alimentados duas vezes ao dia.

Condições ideais: Pode ser criado em aquários pequenos chamados betários ou beteiras que medem 15X12X12 cm. A temperatura ideal é entre 24 e 30 °C e o Ph entre 6 e 8 e dureza da água de 8°dH. É necessário trocar 1/3 da água do betário a cada 15 dias. Alguns criadores não utilizam nenhum equipamento para mantê-los, mas alterações de temperatura pela falta de um termostato e controle de Ph da água pode acarretar doenças.

Guppy (Lebiste, Peixe arco Iris)

Nome científico: Poecilia reticulata

Família: Poecilídae

Origem: Norte da América do Sul, da América do Norte, e da América Central.

Características: É um dos mais populares peixes de aquário. Seu temperamento é muito ativo e pacífico. Seu corpo é pequeno e alongado com nadadeiras multicoloridas. As fêmeas são maiores, suas nadadeiras anais tem um formato parecido com um leque e suas cores são menos vivas. Os machos chegam a medir 3,5 cm e as fêmeas 5,6 cm. Podem viver de três a cinco anos se tratados adequadamente. Podem ser criados em aquário com várias espécies (comunitários), desde que não haja peixes maiores que eles, pois podem danificar sua calda.

Curiosidades: É encontrado em águas calmas. Eles contribuem para o equilíbrio da natureza comendo insetos e largas. São os peixes usados no controle de mosquitos transmissores de doenças como a malária.

Reprodução: Vivíparos. Se no mesmo aquário forem colocados um macho e uma fêmea, em cerca de 30 dias eles se reproduzirão. As fêmeas conseguem estocar sêmen em seus corpos, portanto ao comprar uma fêmea ela poderá dar á luz no seu aquário. Se a intenção for criar os filhotes, deve-se colocar a fêmea grávida em outro aquário e separar os alevinos assim que nascerem, pois os Guppy geralmente comem seus filhotes. São em média 100 filhotes a cada 4 semanas.

Alimentação: A alimentação do Guppy pode ser feita com artêmias salinas, enquitréias, minhocas de jardim e mosquitos. Existem alimentos industrializados que auxiliam no crescimento e coloração da calda. A alimentação deve ser administrada em pouca quantidade.

Condições ideais: A temperatura ideal varia entre de 26 a 28 °C, o Ph alcalino de 7,0 a 7,5 e a dureza de 6 a 10 °dH. Tem necessidade de filtro de ar e oxigenação ininterrupta do aquário.

Disco (Discus, Acará Disco, Acará bandeira)

disco amareloNome científico: Symphysodon Discus

Família: Cichlidae

Origem: Brasil Amazônia

Características: Foi apelidado de disco por seu formato chato e arredondado. São peixes sensíveis e precisam de muitos cuidados. São calmos e tem preferência por aquários grandes. Se ficarem sozinhos no aquário eles se sentirão solitários e podem parar de se alimentar. É recomendável colocar no mínimo quatro Discus juntos. São peixes sensíveis, não gostam de aquários agitados e se estressam facilmente, então é preciso ter critério para escolher as espécies que irão dividir o aquário com ele. O macho e a fêmea são idênticos. Quando adultos chegam a medir de 15 a 20 cm. E vivem até 12 anos se tratado adequadamente.

Curiosidades: No ambiente natural usavam suas listras para se camuflar dos seus predadores. Disco

Reprodução: Ovíparo. Costumam limpar o local antes de desovar. Seus alevinos se alimentam de um muco que sai entre as escamas dos pais, o que da a impressão de estarem mamando.

Alimentação: Devem ser alimentados duas vezes ao dia. Sua alimentação pode ser a base de ração específica, artêmias, tubifex desidratado, patês e bloodworms.

Condições ideais: Ph de 6,6 a 6,8, temperatura entre 28 e 30 °C e dureza de 6 °dH. A limpeza do aquário deve ser frequente e bem feita, pois os Discos são muito sensíveis á amônia. A água deve ser mantida cristalina com filtros e sendo parcialmente trocada toda a semana. Os substratos mais adequados para o Disco são as pedras de rio. As dolomitas não são indicadas, pois alcalinizam a água.

Bótias Palhaço

Nome cinetífico: Chromobotia macracanthus

Família: Cobitidae

Origem: Indonésia, Tailândia e Java.

Características: Seu corpo é alongado com tons de laranja e amarelo e tem listras pretas na vertical. Não gostam de ficar sozinhos sendo preciso ter no mínimo três exemplares. Embaixo de seus olhos eles têm espinhos que podem ferir ao serem manuseados. Quando dormem parecem deitar-se no fundo do aquário. Gostam de ser esconder em cavernas e lugares escuros do aquário. São pacíficos e convivem bem com outras espécies.

Peculiaridades: Esses brincalhões têm uma função importante, eles limpam o fundo do aquário e comem os caramujos que venham a aparecer.

Reprodução: Raramente se reproduzem em cativeiro por não atingirem maturidade sexual.

Alimentação: Alimentação ração em flocos, artêmia salina, dafnias, tubifex.

Condições ideais: Temperatura entre 24 e 28 °C 6,7 e 7,2 °dH. Necessitam de filtro e trocas semanais de 25% da água. A oxigenação da água deve ser boa.

Escalar

Nome científico: Pterophyllum scalare

Família: Cichlidae

Origem: Brasil (Bacia do Amazonas).

Características: O que mais chama atenção são suas imponentes barbatanas .Têm variações de cores, prateado dourado e zebra. Vivem melhor em cardumes, por isso é importante ter mais de um exemplar. Ao serem colocados no aquário, todos os exemplares devem ser jovens, para que os adultos não comam os mais jovens. Quando adultos medem de 10 a 15 cm. Podem viver até dez anos se tratados adequadamente.

Curiosidades: Uma característica dessa espécie é a monogamia. Eles escolhem um parceiro do sexo oposto durante a fase reprodutiva e ficam com ele pelo resto da vida.

Reprodução: Ovíparos. Os ovos ficam na superfície da água e é função do casal cuidar deles. Sua vida sexual vai decaindo ao passar do tempo até que chega a não existir mais. Isso leva em média três anos.

Alimentação: Ração, alimento vivo ou congelado.

Condições ideais: A temperatura ideal é de 22 a 28 °C, o Ph de 6 a 7 e a dureza da água de 3 a 10 °dH. Precisam de filtros, pois são sensíveis a água contaminada, pois causa o apodrecimento de suas barbatanas.

Molinésia Latipina (Molly, Barbatana de vela)

Nome científico: Poecilia latipinna

Família: Poecicliidae

Origem: México e Estado Unidos

Características: Elegantes e ativos. Suas cores têm varias combinações diferentes, amarelo e dourado, branco com preto e cinza e prateado. São peixes sensíveis e precisam de cuidados. O ideal é que cada macho tenha 4 fêmeas, pois tem o hábito de ficar o tempo todo tentando acasalar com elas. Se não as tiverem podem ficar estressados. Chegam a medir 12 centímetros. Vivem dois ou três anos se tratados adequadamente.

Curiosidades: Também podem ser criados em aquários marinhos.

Reprodução: Vivíparos. Reproduzem-se em cativeiro. Os alevinos são geralmente iguais a mãe. É preciso separar as fêmeas grávidas e depois os alevinos em outro aquário, pois os pais costumam comer os filhotes.

Alimentação: Se alimentam de vegetais e algas, mosquitos e ração em flocos. É importante uma ração de qualidade pra acentuação da cor.

Condições Ideais: Ph de 7.0 a 7.5 temperatura 25 a 27 °C dureza da água 10-20 °dH.

Tetra Cardinal

Nome científico: Cheirodon Axelirodi.

Familia: Characidae

Origem: América do Sul (Brasil, Paraguai e Bolívia)

Características: Cores metalizadas e uma faixa horizontal azul que lembra a luz neon atravessando o corpo. Seu comportamento é coletivo, pacífico gregário e inofensivo. Vivem em cardume, é preciso ter no mínimo oito indivíduos no aquário. Atingem 45 mm e a fêmea é um pouco maior. Criá-los somente com peixes pacíficos, pois com seu temperamento e seu tamanho poderão ser facilmente comidos. Podem viver até quatro anos se tratados de maneira adequada.

Curiosidades: Existem mais de 10 tipos de Tetra. Tem o hábito de mordiscar pedras, vidros e destruir as plantas. A maioria dos Tetra cardinais são retirados diretamente da natureza durante a época vazante dos rios. Eles são muitíssimo parecidos com os peixes Neon (hyphessonbrycon inessi), porém são maiores, e tem a listra vermelha mais larga.

Reprodução: Ovíparos. A fêmea deixa os ovos na água e os machos os fertilizam. Os ovos eclodem em até 20 dias. Deve-se evitar assustar as fêmeas no período de gestação, pois isso pode promover um parto prematuro. Os alevinos só são visíveis a partir do quarto dia de vida, a reprodução é difícil em cativeiro. Os pais não cuidam dos alevinos e podem comê-los.

Alimentação: Insetos, artêmias, ração, enquitréias, larvas de mosquitos.

Condições Ideais: Água ligeiramente ácida temperatura entre 21 a 26 °C, Ph 5,5 a 6,5 e dureza da água 1-2 °dH.

Dwarf Gourami (Colisa, Gourami Vermelho)

peixe colisaNome científico: Colisa Lalia

Família: Balontiidae

Origem: Índia (Ganges, Jumna, Bramaputra)

Características: Seu comportamento é calmo e pacífico. Seu corpo é coberto de listras verticais. As cores mais comuns são: laranja brilhante, azul turquesa, prateado e vermelho. Possuem duas antenas abaixo da cabeça que usam para tocar os outros peixes. O macho é um pouco mais encorpado do que a fêmea e suas cores são mais vivas. Vivem bem se criados em aquários comunitários, porém não devem ser os primeiros a serem colocados no aquário, pois poderão se tornar territorialistas e brigar com outros peixes. É recomendável que se tenha no mínimo um casal. Podem sem criados em aquários pequenos. São recomendados para iniciantes por serem relativamente fáceis de manter. Chegam a medir cerca de 5 cm quando adultos e podem viver até 4 anos se tratados adequadamente.

Reprodução: Ovíparo. O macho faz um elaborado ninho de bolhas na superfície da água. Uma vez construído o ninho o macho começa a cortejar a fêmea com uma dança, quando a fêmea aceita o macho ela dá um sinal nadando em círculos em volta dele e então sobem para o ninho, onde a fêmea deposita seus ovos e o macho os fertiliza imediatamente.

Alimentação: Comida em flocos, comida congelada e comida viva.

Condições ideais: Temperatura de 22 a 28 °C, de Ph 6.0 a 7.5, dureza da água 4-10 °dH.